La depresión de Guaracayal, en el golfo de Cariaco, estado Sucre, Venezuela, fue inicialmente reconocida a partir de un levantamiento batimétrico realizado en la década de los ochenta. Un levantamiento de sísmica somera de alta resolución adquirido en el golfo de Cariaco a bordo del B/O Guaiquerí II en enero 2006 reveló que esta depresión resulta ser una cuenca en tracción activa ("active pull-apart basin") sobre la traza activa submarina de la falla dextral de El Pilar, por su geometría y lo fresco y prominente de los escarpes de fallas que la limitan. Esta cuenca, con una profundidad de aguas de ~15m mayor que el fondo plano ubicado a unos -80m, mide aproximadamente 8km de longitud en dirección este-oeste y unos 2km transversalmente. La cuenca se forma en un relevo dextro, es decir transtensivo, de la traza submarina de la falla de El Pilar, que secciona en dos porciones lo propuesto anteriormente como un único segmento de falla con extensión entre Cumaná y Casanay-Guarapiche. Esta separación entre ambas trazas de 2km parece ser suficiente barrera para la propagación lateral de la ruptura sísmica, tal como lo evidencia la sismicidad contemporánea e histórica. El tramo de falla Cumaná-Casanay, de unos 80km de longitud, ha requerido en dos ocasiones de la conjunción de dos sismos contiguos en dirección oeste-este (1797-1684 y 1929-1997) para romperse en su totalidad. No obstante, no se excluye la posibilidad de un evento que rompa toda la extensión del segmento, a pesar de este comportamiento sísmico reiterado.
The underwater Guaracayal depression, in the Cariaco gulf, Sucre state, Venezuela, was first mapped from a bathymetric survey performed in the 80’s. A high resolution reflection seismic survey, acquired with the Venezuelan R/V Guaiquerí II in the Cariaco gulf in early 2006, reveals that this depression is an active pull-apart basin on the submarine trace of the right-lateral strike-slip El Pilar fault, based on its geometry and the freshness of the sea-bottom fault scarps. The Guaracayal basin floor is ~15m deeper than the 80m deep flat bottom of the central sector of the gulf. This small pull-apart basin, which is about 8km long in east-west direction and 2km across, lies inside a dextral transtensive overlap of the El Pilar fault submarine trace, which cuts in two parts what was proposed before as a unique fault segment extending between Cumaná and Casanay-Guarapiche. This 2km-apart stepover may be a sufficient barrier to fault rupture propagation, as evidenced by contemporary and historical seismicity. Accordingly, this geometry may explain by itself the seismogenic segmentation exhibited by the 80km long fault section extending between Cumaná and Casanay during at least the last two seismic cycles in west-east direction (1797-1684 and 1929-1997). However, this behaviour does not preclude that the whole Cumaná-Casanay segment may break at once in the future.
A depressão de Guaracayal, no golfo de Cariaco, estado Sucre, Venezuela, foi inicialmente reconhecida a partir de um levantamento batimétrico realizado na década dos oitenta. Um levantamento de sísmica de superfície de alta resolução adquirido no golfo de Cariaco a bordo do B/O Guaiqueri II em janeiro de 2006 revelou que esta depressão resulta ser uma bacia em tração ativa ("active pull-apart basin") sobre a zona de cisalhamento activa submarina da falha dextral de "El Pilar", por sua geometria e o fresco e proeminente das escarpas de falhas que a limitam. Esta bacia, com uma profundidade de águas de ~15m maior que o fundo plano localizado a uns -80m, mede aproximadamente 8km de longitude em direção leste-oeste e uns 2km transversalmente. A bacia se forma em um relevo dextro, quer dizer transtensivo, da zona de cisalhamento submarina da falha de "El Pilar", que secciona em duas porções o proposto anteriormente como um único segmento de falha com extensão entre Cumaná e Casanay-Guarapiche. Esta separação entre ambas as zonas de cisalhamento de 2km parece ser suficiente barreira para a propagação lateral da ruptura sísmica, tal como o evidencia a sismicidade contemporânea e histórica. O trecho de falha Cumaná-Casanay, de uns 80km de longitude, tem requerido em duas ocasiões da conjunção de dois sismos contíguos em direção oeste-leste (1797-1684 e 1929-1997) para romper-se na sua totalidade. Não obstante, não se exclui a possibilidade de um evento que rompa toda a extensão do segmento, a pesar de este comportamento sísmico reiterado.